Nova série de Ryan Murphy estreia nesta quinta-feira (4) na TV paga brasileira. O iG ON lança o desafio e imagina quais crimes poderiam estrelar uma versão brasileira da série
Nesta quinta-feira (4), às 22h30, chega ao FX a nova criação de Ryan Murphy, "American Crime Story: O Povo contra O.J. Simpson". Composta por 10 episódios de uma hora, a série é baseada no livro "The Run of His Life: The Peolple v. O.J. Simpson" de Jeffrey Toobin. É uma versão do caso contra O.J. Simpson, acusado de assassinar sua ex-esposa em 1994, contada a partir da perspectiva dos advogados.

A série respeita o formato de antologia. Isto é, a cada nova temporada, um novo arco dramático; como em “American Horror Story”, outra criação de Murphy.
"American Crime Story: O Povo contra O.J. Simpson" explora as situações caóticas vividas por trás das negociações e manobras de ambos os lados da corte e como a combinação de excesso de confiança por parte dos promotores, a astúcia da defesa e a história da polícia de Los Angeles com a comunidade afro-americana da cidade, deram ao júri o que precisavam: uma dúvida razoável.
"American Crime Story: O Povo contra O.J. Simpson" reúne um elenco de estrelas que inclui Cuba Gooding Jr. como O.J. Simpson, John Travolta como o advogado de defesa Robert Shapiro, David Schwimmer como o também advogado Robert Kardashian, Sarah Paulson como a fiscal Marcia Clark, Courtney B. Vance como o advogado Johnnie Cochran, e Bruce Greenwood como o Fiscal de Distrito do Condado de Los Angeles, Gil Garcetti.
A série promete ser um novo êxito na carreira do criador de hits como “Glee” e “Nip/tuck”. Murphy já deixou claro que pretende fazer uma segunda temporada do drama abordando outro crime de grande repercussão nos EUA.
Na esteira do lançamento de “American Crime Story”, o iG ON listou cinco casos que chocaram o Brasil e que poderiam enveredar pela ficção em um formato semelhante à criação de Ryan Murphy em uma versão brasileira.
Caso Nardoni
A queda da menina Isabella Nardoni, aos cinco anos de idade, do sexto andar de um edifício paulistano chocou o Brasil a cada novo desdobramento do caso que colocou o pai dela e a madrasta como principais suspeitos. O circo midiático, o julgamento polêmico, o possível envolvimento do avô na dissimulação da cena do crime e as dúvidas que pairam até hoje sobre o que de fato aconteceu fazem do caso a mais perfeita versão brasileira do caso O.J Simpson.

Caso Pimenta Neves
Em 20 agosto de 2000, a jornalista Sandra Gomide, então namorada do também jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, foi encontrada morta em um haras na cidade de Ibiúna (64 km a oeste de São Paulo) com um tiro na cabeça e outro nas costas. Neves teve a prisão decretada no dia seguinte e acabou confessando o crime. O motivo do assassinato teria sido o fim do relacionamento entre os dois.
Neves, no entanto, quase não ficou preso. Ora pelo trâmite do processo pelas instâncias superiores, ora pelo benefício da idade e liberação do regime fechado. Um caso suficientemente polêmico, que mexe no vespeiro do direito penal brasileiro e que daria uma boa peça de ficção televisiva.

Caso Chico Picadinho
Chico Picadinho é um serial killer brasileiro que esquartejou duas mulheres. Uma em 1966 e outra em 1976. Com um período na prisão entre os esquartejamentos. Picadinho, com mais de 70 anos, ainda está internado em um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, mesmo já tendo cumprido toda a sua pena pelo segundo crime. Outro caso tão macabro quanto cheio de pequenas falhas. Um prato cheio para a boa ficção policial.

Caso Celso Daniel
A morte do prefeito de Santo André, o petista Celso Daniel em 2002 parece vinculado a todos os grandes escândalos de corrupção que assolaram a cena política brasileira de lá para cá. Ainda não solucionado, se o caso ganhasse a TV, certamente pararia o País.

Caso Suzane Von Richthofen
O Caso Richthofen é um processo polêmico que chocou a opinião pública brasileira. Uma das rés, Suzane Louise von Richthofen, foi acusada de ter planejado a morte dos próprios pais, com o auxílio do então namorado Daniel Cravinhos e de seu irmão, Cristian Cravinhos. O júri do caso entendeu que Suzane foi influenciada pelos irmãos, mas que poderia ter resistido e evitado o crime.
Um caso repleto de sensacionalismo, intrigas, desejos, dinheiro e paixões. De 2002, ano do crime, para cá, ainda reverbera bastante na mídia e na memória da sociedade.
